Monitoria 6
Definições e Teoremas
Linearmente Independente: Um cojunto é dito linearmente independente, quando nenhum vetor do conjunto é combinação linear dos outros vetores. O conjunto unitário é dito LI. Para isso, existe o teorema de que: , se e só se, X é LI. A partir disso, conclue-se que a representação de um vetor como combinação de outros vetores é sempre única (se os vetores formarem um conjunto LI). Se um conjunto não é LI, ele é dito linearmente dependente.
Teorema 1 Seja . Se, não é combinação linear de seus antecessores, então X é LI.
Observação Considere , Note que é LD, porém não é combinação linear dos outros vetores (verifique!). Por que isso não é contraditório?
Base: É um conjunto linearmente independente que gera E. Os coeficientes são chamados de coordenadas do vetor nessa base. Como veremos a seguir, toda base de um espaço vetorial apresenta o mesmo número de elementos. Este número é chamado de \textit{dimensão}.
Lema 2.1: Todo sistema homogêneo cujo número de incógnitas é maior que o número de equações admite solução não trivial (a prova é por indução em , o número de equações.
Teorema 2.2: Se um conjunto de n vetores gera o espaço E, então qualquer conjunto com mais de n elementos é LD.
Corolário 2.3: Assim, se os vetores geram o espaço vetorial e os vetores são LI, . Daqui tiramos que se admite uma base , qualquer outra base também possui n elementos.
Teorema 3: Considere um espaço vetorial de dimensão finita:
- Considere o conjunto de todos os geradores de E. Ele contém uma base.
- Todo conjunto LI está contido numa base.
- Todo subespaço vetorial tem dimensão finita.
- Se a dimensão de um subespaço é , então o subespaço é o próprio espaço.
Exercícios
- Prove que os seguintes polinômios são linearmente independentes: . Dica: Considere a base
- Seja um conjunto de polinômios. Se dois polinômios quaisquer de têm graus diferentes, é LI.
- Dado , seja o conjunto obtido de substituindo um dos seus elementos por , onde e . Prove que X e Y geram o mesmo subespaço vetorial de . Conclua, então que e geram o mesmo subespaço vetorial de .
- Mostre que os vetores e formam uma base de .
- Considere a afirmação: "A união de dois conjuntos subconjuntos LI do espaço vetorial E é ainda um conjunto LI". Assinale verdadeiro e falso: ( ) Nunca; ( ) Quando um deles é disjunto do outro; ( ) Quanto um deles é parte do outro; ( ) Quando um deles é disjunto do subespaço gerado pelo outro; ( ) Quando o número de elementos de um deles mais o número de elementos do outro é igual à dimensão de E.
- Encontre uma base para o espaço vetorial
- Se e estão no espaço vetorial de todas as funções com derivadas contínuas, então o determinante de
é conhecido como Wronskiano de e . Prove que e são linearmente independentes, se seu Wronskiano não for identicamente nulo. Esse estudo é estremamente importante no estudo de soluções de sistemas de equações diferenciáveis, pois identifica se duas soluções são linearmente independentes.
Aplicação: Quadrados Mágicos
Observe a imagem da Melancolia I, de Albrecht Durer de 1514: Link da obra
Observa-se o quadrado mágico:
Primeira coisa interessante é ver e lado a lado. A soma de cada coluna, linha e diagoral é . Podemos definir uma matriz sendo quadrado mágico quando a soma de cada linha, coluna e diagonal é igual. Essa soma se chama peso. Considere o conjunto de todos os quadrados mágicos de ordem . Prove que é um subespaço de .